quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

pra mim, nada

quebrou? rompeu?
me diz onde essa
linha se retorceu

será que tu vês
o fio quase invisivel com que bordo fantasias
me atiro, idealizo
costuro sorrisos com palavras
formando pouco a pouco meu tapete
voa(dor)?
ou será que já esqueceu?

não sei onde nasceu
talvez nas primeiras alturas
precipícios que estendemos a mão
e eu que sempre tive medo
talvez nas longas horas
em que trocamos cores e afetos
afetada já estou

mas talvez não é certo
e o incerto me acerta
nem mesmo ao certo sei

de que ponto partimos
há que ponto chegamos
depois de tantos pontos de exclamação
não me obrigue a por um ponto final

cresceu
corroeu
e já penso em desistir
pq não quero cair
pq tudo as vezes é nada
mas pra mim sempre nada
é tudo.