nisso que carregamos
sempre ao lado, que para alguns vem na frente
baú de tesouros escondidos, histórias passadas
nisso que passaremos
algumas vezes fardo, outras universo infinito de possibilidades
que ele nos deixou como lembrança
presente, herança
que nos lança numa errância
para nunca esquecermos de onde viemos
para estar presente, mesmo na ausência
já tão longa
isso que é sobrenós
encontro uma única vogal
a mais linda
que simboliza junção
do que tem a mais
do que une
e...
somos só eu tu
ninguém mais será
somos matéria volátil dessa soma, desse amor
somos filhos, somos irmãos
marcados pelo desejo
pelo encontro das vidas cruzadas
pelos traços tatuados na epiderme
corre nas veias esse vermelho
que transborda, transporta
borda e abre porta
nos faz
quando implica
eu suplico
e aprendo com o que não replico
o aperto de mãos
unindo as mãos, a vida
está calado mas pulsante
fraterno
paterno
materno
irmandade
quis ser igual
agora já não sei
é o diferente que nos enlaça, perpassa, embaraça
únicos, iguais e diferentes
mas por favor, me diz
mesmo quando limpa o ombro
aparando os restos
que pelo menos isso
não está a venda
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
aquário
mergulho nas tuas águas
dou ponta, bato cabeça
nadadeiras abertas
limites reais
não posso com o sem fundo do mar
um quarto de século
sala de espera, que não cessa de esperar
banho de sol
mistura de ingredientes, deixa crescer
quando tu estoura a bolha
eu dou vôos de borboleta
que são tuas, mas como tudo
minhas também são
ombro, (a)braço
cabeça, pernas
coração
escolhas espelhadas
desejo de não separar
caminhos diferentes
diferentes onde?
alguém entende?
não! conseguimos
parece uma, mas são sempre duas
não consigo mentir
tu lês as sobrancelhas que insistem em falar antes do olhar
guarda-chuva aberto
quando os olhos insistem em chover
aquarela
preto e branco
preto no branco
pretas
quando amo demais
tu de menos
perfeita sincronia, anacronia
mundo que só nos pertence
que o que nos sobra
seja sempre a sobra perfeita
da soma imperfeita.
dou ponta, bato cabeça
nadadeiras abertas
limites reais
não posso com o sem fundo do mar
um quarto de século
sala de espera, que não cessa de esperar
banho de sol
mistura de ingredientes, deixa crescer
quando tu estoura a bolha
eu dou vôos de borboleta
que são tuas, mas como tudo
minhas também são
ombro, (a)braço
cabeça, pernas
coração
escolhas espelhadas
desejo de não separar
caminhos diferentes
diferentes onde?
alguém entende?
não! conseguimos
parece uma, mas são sempre duas
não consigo mentir
tu lês as sobrancelhas que insistem em falar antes do olhar
guarda-chuva aberto
quando os olhos insistem em chover
aquarela
preto e branco
preto no branco
pretas
quando amo demais
tu de menos
perfeita sincronia, anacronia
mundo que só nos pertence
que o que nos sobra
seja sempre a sobra perfeita
da soma imperfeita.
não estou lá
procuro e não acho
acho quando não procuro
as vezes esqueço de procurar
só quando esqueço de mim
não estou no m que começa com r
não estou nos passos marcados
não estou no sorriso embriagado
muito menos nas palavras monitoradas por radar
não estou nesse simulacro que fizeste de mim
nem na aprovação do vestibular social
já revirei livros
construi muros de poesias
montei arsenais de artigos
mergulhei em álbuns
traduzi músicas
o que procuro
o que procuro?
procuro o que?
pro-curo?
pro-cura
não está nas gavetas
nas palavras que amplio
amplifico, afino e desafino
não está nos passos incertos
nem no caminho esquecido de tão traçado
corroido pelas traças
pois dolorido
já dei piruetas
invadi a bolha
rezei escondida sem nem perceber
apaguei a luz e ficou tudo tão claro
quase tão claro que a (arco)íris não suportou
mas continua lá
fiz plantão 'entrelinhas'
e continua lá
lá porque aqui
aqui porque interior
interior mas não menos estrangeiro
não entendo o que diz
tantos mares não navegados
caravelas afundadas
mapas rasgados, perdidos, esquecidos
desejo na espera da cartografia
amores e novas rotas
dores sobrevoando
recados que vem da garrafa
quando estou no fundo dela
mas tô aqui para dizer
que tô onde não tô.
acho quando não procuro
as vezes esqueço de procurar
só quando esqueço de mim
não estou no m que começa com r
não estou nos passos marcados
não estou no sorriso embriagado
muito menos nas palavras monitoradas por radar
não estou nesse simulacro que fizeste de mim
nem na aprovação do vestibular social
já revirei livros
construi muros de poesias
montei arsenais de artigos
mergulhei em álbuns
traduzi músicas
o que procuro
o que procuro?
procuro o que?
pro-curo?
pro-cura
não está nas gavetas
nas palavras que amplio
amplifico, afino e desafino
não está nos passos incertos
nem no caminho esquecido de tão traçado
corroido pelas traças
pois dolorido
já dei piruetas
invadi a bolha
rezei escondida sem nem perceber
apaguei a luz e ficou tudo tão claro
quase tão claro que a (arco)íris não suportou
mas continua lá
fiz plantão 'entrelinhas'
e continua lá
lá porque aqui
aqui porque interior
interior mas não menos estrangeiro
não entendo o que diz
tantos mares não navegados
caravelas afundadas
mapas rasgados, perdidos, esquecidos
desejo na espera da cartografia
amores e novas rotas
dores sobrevoando
recados que vem da garrafa
quando estou no fundo dela
mas tô aqui para dizer
que tô onde não tô.
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